Observatório do Território de Almada

Almada: Território Sustentável

O Observatório do Território de Almada (OTA) disponibiliza informação sistematizada, dinâmica, de caráter estratégico, técnico e científico, relevante para compreender o Território, assegurar a avaliação do desempenho do Município ao nível das políticas públicas e promover o desenvolvimento de ALMADA TERRITÓRIO SUSTENTÁVEL.

Integra vários níveis de informação, desde a mais simples até à mais técnica, possibilitando a consulta do sistema de indicadores, do Relatório do Estado do Ordenamento do Território interativo (REOTi), do GeoPortal Municipal, das intervenções no Território de Almada, e da Rede do Conhecimento, que, em interação dinâmica promovem o conhecimento, a transparência e uma participação ativa dos munícipes e cidadãos, no alcance de um TERRITÓRIO DE MUITOS.(1)

Observatório do Território de Almada

A Waymotion teve a honra de lhe ter sido confiado o desenvolvimento do Observatório do Território de Almada (OTA) e da solução para apresentação do Relatório do Estado do Ordenamento do Território Interativo (REOTi).  O Observatório foi desenvolvido sobre a plataforma tecnológica WaySpot® da Waymotion.

Pedimos à Eng.ª Regina Pimenta(2), responsável e mentora do projeto, para nos fazer uma breve apresentação do Observatório e do REOTi.

[Waymotion] Eng.ª Regina Pimenta, o Observatório do Território de Almada nasceu de uma ideia sua que teve o acolhimento da Presidente da Câmara de Almada, Dra. Inês de Medeiros. Pode falar-nos um pouco da génese deste projeto?

[Eng.ª Regina Pimenta] Os objetivos e de certa forma preocupações realçadas pela Sr.ª Presidente, que justificaram a criação da DMAGT, prendem-se com a ambição de  posicionar Almada, como: Território de muitos, com qualidade de vida (Almada cidade sustentável), com acesso à cultura e informação, promovendo a transparência e igualdade, e disponibilizando serviço público focado no Munícipe. Quando iniciei funções na Câmara Municipal de Almada, encontrava-me a desenvolver um modelo concetual “plataforma de sustentabilidade”, no âmbito da tese de doutoramento. Achei que seria uma oportunidade orientar os trabalhos para uma componente mais operacional, readequando o mesmo às aspirações e necessidades definidas pela Sr.ª Presidente.  Tudo iniciou com uma proposta apresentada à Sr.ª Presidente e restante executivo, no âmbito do Planeamento GOP para 2020. Felizmente foi bem acolhida, e hoje temos o Observatório e REOTI implementados. 

O Observatório e REOTi, desde o 1º dia tiveram o apoio da Sr.ª Presidente, fundamental para a sua concretização e sucesso. Foi um trabalho de equipa entre todos os envolvidos: equipa DMAGT (conceção, acompanhamento e gestão), Waymotion (desenvolvimento da solução) e dos vários serviços, do Serviços Municipais de Água e Saneamento (SMAS) e da Empresa Municipal Mobilidade de Almada (WeMob). O executivo também esteve envolvido, bem como os dirigentes. 

[WM] Quer o Observatório, quer a disponibilização pública do REOTi, são instrumentos centrais na geoestratégia definida pela CMA.  Se quisermos olhar para o seu contributo na aproximação entre o cidadão e o seu município, considera ser possível medir, de alguma forma, o impacto e a adesão verificadas? 

[RP] Atualmente ainda não estamos a monitorizar os acessos e o volume de dados exportados que nos permitam avaliar a sua utilização e satisfação. Em breve, será disponibilizada uma área para sugestões e um inquérito de satisfação, para confirmar o alinhamento do Observatório e REOTi, com as necessidades e expetativas dos utilizadores (numa ótica de melhoria continua).  Irão ser criados indicadores e métricas, para que possa dar resposta objetiva a esta questão do efetivo contributo na aproximação do cidadão com o município. No entanto, quer o Observatório, quer o REOTi, são soluções web, que permitem uma utilização generalizada pelos diversos utilizadores, dado que viabilizam uma navegação e acesso muito fácil e direto à informação relevante sobre o território de Almada, possibilitando também uma análise comparativa em relação a outros municípios. Numa única página, será possível consultar múltipla informação sobre o território de Almada, que vão desde as intervenções/obras no território, indicadores, até aos contratos celebrados no âmbito da investigação. 

Os dados estatísticos (números) são cada vez, mais utilizados para se aferir a execução das políticas públicas, não só no contexto municipal, nacional, mas também no contexto europeu e mundial. Cada vez, é mais comum nos debates televisivos (como os casos das eleições autárquicas e legislativas), os mesmos serem suportados em indicadores, que permitam analisar evoluções temporais, bem como, as eventuais assimetrias nos territórios.

[WM] No âmbito da organização interna, acesso e partilha de informação em ambiente de intranet, como caracteriza a resposta ao nível do impacto e adesão dos serviços envolvidos?  Como foi possível vencer a sempre esperada sombra da “resistência à mudança”? Que resultados gostaria de destacar e qual o segredo do sucesso?

[RP] A envolvência dos serviços, quando existe mudança, é muito importante! No entanto, deve ser realizada com alguma sensibilidade e perceção da envolvente, para não sobrecarregar os serviços. Não existe uma formulação para projetos de natureza transversal, e com vários tipos de utilizadores. Mas geralmente aplico uma formulação na operacionalização, que se inicia com um envolvimento prévio dos serviços, através da apresentação de objetivos e resultados a alcançar, de forma a que possam dar os seus contributos, segue-se um período mais solitário de conceção e implementação em articulação com o prestador de serviço (neste caso a Waymotion) e a equipa operacional, para voltar a envolver os serviços, quando a solução já se encontre estabilizada, quase pronta a ser lançada.

O envolvimento dos serviços, é sempre realizado com apoio da equipa interna/operacional (no inicio), até que se sintam confortáveis e autónomos para as suas tarefas e utilização.

Atualmente o Observatório, tem cerca de 20 serviços Câmara Municipal e dos Serviços e Entidade Municipais (SMAS e WeMob) envolvidos e 132 utilizadores internos registados. Esperamos que de futuro seja também uma ferramenta utilizadas por todos os serviços, na monitorização do seu desempenho. 

[WM] Tendo decorrido sensivelmente um ano após a sua apresentação pública do Observatório, nas Jornadas Ibéricas de Informação Geoespacial, cresceu imenso a quantidade de métricas e indicadores geridos pela plataforma de uma forma integrada. Pode dar-nos alguns números?

[RP] Atualmente temos cerca de 790 indicadores publicados. Este número é justificado, pela facilidade de utilização da plataforma de suporte ao Observatório (backoffice), assim como pelo facto, de a mesma ser agregadora e viabilizar várias finalidades. Desta forma, temos indicadores que permitem avaliar as dinâmicas territoriais; indicadores que dão resposta ao estabelecido pela ISO 37120; ao REOTí; aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) às obrigações junto de outras entidades nacionais, como o INE e a ERSAR, entre outras; e indicadores que são essenciais para os serviços municipais, permitindo avaliar o seu desempenho. 

Pretendemos durante o ano de 2022 e seguintes, sobre a mesma plataforma tecnológica WaySpot®, alargar a disponibilização de indicadores ao planeamento municipal e à respetiva monitorização.

[WM] Se a informação gerada internamente é pedra angular para a sustentabilidade do Observatório, não o será menos a constante monitorização e acesso a fontes de dados abertos e públicos. Isto, sem excluir o envolvimento colaborativo de parceiros – institucionais como Juntas de Freguesia e empresas municipais ou mesmo a comunidade científica. Como perspetiva o futuro do Observatório do Território nesta dinâmica de relações e interdependência?

[RP] O observatório como descrito na sua apresentação, é um espaço de partilha de informação sobre o território, onde se pretende a envolvência dos vários interlocutores desde o cidadão até à comunidade cientifica. Nesse sentido, pretende-se disponibilizar informação fidedigna, atualizada e que possa estar adequada às necessidades do cidadão, das universidades, do município e entidades municipais e à tomada de decisão. 

Na conceção e implementação do observatório, foram criadas áreas para a disponibilização de informação pelas juntas de freguesia e entidades municipais (Organização e Governança), bem como, áreas para as entidades de investigação (Rede do Conhecimento), dando assim resposta ao nosso desígnio de “envolver todos os interlocutores que atuam e tem interesse no território de Almada”.

Estamos atualmente a trabalhar nos dados abertos, pois este é um dos pilares da nossa estratégia. Num futuro próximo, pretende-se o envolvimento das entidades oficiais da administração central, para que a partilha e atualização de informação seja realizada de forma mais ágil e dinâmica, através de automatismos (interoperabilidade das soluções tecnológicas), que permitam economizar trabalho e tempo, mas acima de tudo, possibilitar obter informação de forma regular com uma periodicidade inferior a um ano.

Ambicionamos disponibilizar uma área de dados ao minuto em Almada, com informação das ocorrências e riscos em articulação com os vários serviços, em especial com Serviço Municipal de Proteção Civil, pela sua natureza e área de atuação.


Regina Pimenta
Chefe de Divisão Municipal

(1) https://observatorio.cm-almada.pt/

(2) Engª Geógrafa, Chefe de Divisão Municipal – DMAGT Divisão de Modernização Administrativa e Gestão Territorial da Câmara Municipal de Almada [14+ anos em funções de dirigente, no setor Público, em áreas relacionadas com ordenamento do território e urbanismo; planeamento e gestão estratégica; sistemas de informação geográfica] [Licenciada em Engenharia Geográfica pela Universidade de Coimbra, é Mestre em Engenharia Civil e  realizou a componente letiva do Doutoramento em Geografia e Planeamento Regional pela  Universidade Nova de Lisboa]”

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